Produtores de camomila em Mandirituba sofrem com com prejuízos devido às geadas no Paraná
07/09/2025
(Foto: Reprodução) Produtores de camomila de Mandirituba sofrem com prejuízos devido às geada
Os produtores de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), são responsáveis por cerca de 30% da produção de camomila no Paraná. Eles cultivam mais de 300 toneladas por ano, o que gera aproximadamente R$ 5 milhões de faturamento bruto para a cidade, segundo o Departamento de Economia Rural.
Segundo Joel da Cruz, técnico agrícola do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), aqueles que plantaram a flor antes do final de maio ou início de junho tiveram prejuízos devido às geadas.
“A estimativa é de 30% de perda. O pessoal que não conseguiu fazer a colheita, teve que colher como ‘mista’ que eles chamam. Cai a qualidade e o preço” explica o técnico.
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As primeiras colheitas são vendidas mais caras. Depois é colhido o próprio caule com o que sobrou da flor – as chamadas ‘mistas’ que é triturada e vendida mais barata.
A flor é usada para chás, essências e produtos farmacêuticos. Ela pode ficar armazenada por até um ano. Com a produção menor, o preço do produto pode subir.
“Por enquanto o preço está parado, não teve reação. São poucos os produtores que colhem e vendem, a maioria armazena para ter durante o ano. Mas, daqui uns dias vai ter elevação do preço com certeza” conta Joel, técnico do IDR/PR.
A camomila da região é reconhecida nacionalmente e no ano passado a cidade recebeu o registro de indicação geográfica pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Um reconhecimento pela qualidade da produção das cinquenta famílias que mantém a tradição na cidade, em uma área total de 875 hectares.
Colheita da camomila em Mandirituba: cidade produz mais de 300 toneladas por ano
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RPC
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